quarta-feira, 14 de março de 2012

Confissões de Adolescente

Escrever num blog não deixa de ser uma terapia. Mas há de se ter disciplina. 
Pequenas coisas do dia a dia, acabam nos afastando de sentar à frente do micro e se deixar levar pelas palavras. Tristezas, alegrias, preocupações, expectativas acabam nos distanciando do delicioso prazer de escrever.
Eu sou um bom exemplo disso. Estou há mais de um mês sem dar as caras (ou as mãos) neste espaço.
Mas aqui não é momento, nem o local apropriado para explicitar os motivos deste meu sumiço.
Mas dentre algumas coisas, posso citar algo bom. A chegada de um neto. Depois do Guilherme, agora chegou o Davi. 
Motivos de intensa comemoração.
Gostaria de estar mais perto dele, acompanhando seu dia a dia. Mas infelizmente não é possível.
Davi, filho de Laís. Uma filha que durante boa parte de sua juventude (que ainda perdura) me faz lembrar aquela personagem da Débora Secco, a Carol em Confissões de Adolescente. 
Brincalhona, personalidade forte, extremamente "comunicativa". Vocês lembram?





Confissões de adolescente foi um seriado brasileiro exibido durante alguns anos pela Tv Cultura e posteriormente pela Band. Em seu enredo, quatro irmãs adolescentes descobrindo juntas o mundo: Diana, Bárbara, Natália e Carol. Elas vivem em Ipanema e o seu cotidiano é característico de meninas dessa idade: passeios de bicicletas, shopping-centers, subidas de árvores, e é claro, a vida e seus mistérios. Para mediar os conflitos, está o advogado Paulo, o pai solteiro e moderno/careta tendo que lidar com o desenvolvimento das filhas. Diana e Bárbara são filhas do primeiro casamento de Paulo, e Carol, do segundo. Já Natália é sua enteada, filha da sua segunda esposa, também mãe de Carol, que faleceu.
Todas as garotas tem personalidades marcantes e suas diferenças fazem com que elas se completem. Carol, 13 anos, a mais nova, é a brincalhona, sempre alto-astral, vivendo um eterno verão de alegrias. É irônica e não gosta de fazer amizades com mulheres por considerá-las pedantes, preferindo a companhia dos meninos. Natália, 16 anos, é romântica, frágil e sonhadora. Tímida, se acha feia e rejeitada por ter perdido a mãe e não ter contato com seu verdadeiro pai. Bárbara, 17 anos, é esperta e prática. Cursa o segundo grau, não sabe o que quer da vida, mas viveu várias aventuras com seus amigos, tendo, inclusive, perdido a virgindade ainda cedo. E, finalmente Diana, 19 anos, uma leonina que tem em sua alma o outono, as folhas caindo, o movimento constante. Estudante de Comunicação, escreve para o jornal da Faculdade. Por ser a mais velha, assume o papel de mãe para as irmãs mais novas. Ela é a narradora das histórias.
É no dia-a-dia dessas garotas que surgem suas descobertas sobre a vida: crises de identidade, amores, sexo, gravidez, aborto, temas que fazem parte do dia-a-dia dos jovens burgueses em qualquer lugar do mundo em qualquer época, e que serão vividos por essas quatro irmãs que acabam descobrindo como superar, aprender e crescer nessa fase tão difícil, para finalmente se tornarem mulheres.
Um episódio pra matar saudade.