segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bibo Pai e Bob Filho

Bibo Pai e Bob Filho são personagens de desenho animado da Hanna Barbera. Os roteiros foram escrito por Michael Maltese, que também fazia a série animada do Coyote e outros desenhos da Warner Bros.
O desenho gira em torno das desventuras de uma duplas de cães, pai e filho. Bibo Paigosta de impressionar o filho, tentava educar seu filho Bob da melhor maneira possível, dando-lhe bons conselhos. Bob Filho, que ama incondicionalmente o pai, sempre se refere a ele como "Ó meu querido pai!". A mútua admiração de pai e filho é o tema principal do desenho.
Bibo pai
Um pai com palávras sábias. Bibo pai sempre julga saber o que é melhor para os dois e que, muitas vezes, acaba incomodando Bob. Apesar de seu rigor, tem uma personalidade afetiva e no final sempre concorda com seu filho.

Bob filho

Um filhote de alto astral, motivado pelo desejo de sempre deixar seu pai orgulhoso. Possui conhecimento em ciências e a habilidade de conversar com animais, Bob geralmente obtem sucesso nas tentativas em vão de seu pai.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Dono do Mundo (1991)


A história, que se passa no Rio de Janeiro, nos apresenta como protagonista o cirurgião plástico Felipe Barreto (Antonio Fagundes), um homem altivo e bem-sucedido profissionalmente. Casado por mero interesse com Stela (Gloria Pires), filha do empresário Herculano Maciel (Stênio Garcia), Felipe demonstra toda sua amoralidade ao conhecer Márcia (Malu Mader), uma pobre e ingênua professora que está noiva de Walter (Tadeu Aguiar), funcionário de sua clínica. Encantado desde o primeiro momento em que a conheceu, o cirurgião fica ainda mais obcecado pela moça quando descobre que ela é virgem. No dia do casamento de Márcia e Walter, Felipe aposta com o amigo Júlio (Daniel Dantas) que consegue levar a noiva para cama antes do próprio noivo. Aposta feita, o pilantra trata logo de pôr em prática o seu plano egoísta, oferecendo aos recém-casados uma lua-de-mel no Canadá, para onde ele também está partindo.

Na noite de núpcias do jovem casal, Felipe dá um jeito de tirar Walter do hotel e seduz Márcia, conseguindo consumar seu ardiloso esquema e saciando seu desejo por ela. Mas as consequências dessa investida acabam sendo trágicas. Walter flagra os amantes na cama e, desnorteado, sai de carro e sofre um acidente fatal. A morte dele recai sobre as costas de Márcia, que é vista com desprezo por todos. Logo ela descobre que está grávida e, ao procurar por Felipe, fica sabendo que o que aconteceu naquela noite não passou de uma aposta barata, sendo ainda aconselhada por ele a fazer um aborto. A professora não segue a recomendação, mas acaba perdendo o bebê um tempo depois. Numa das cenas mais marcantes da trama, Márcia, possessa, vai a clínica de Felipe e lhe corta o rosto com um bisturi.

Arrasada com todos os acontecimentos e disposta a se vingar de seu algoz, Márcia encontra na cafetina Olga Portela (Fernanda Montenegro) o seu maior amparo. Com o auxílio dela, que conhece muito bem os pobres do passado de Felipe, a professora consegue dar início ao seu plano de vingança e coloca o cirurgião safado na cadeia. Só que, a essa altura, ela já está apaixonada pelo cretino.

Para driblar a baixa audiência, Gilberto Braga foi convencido a mudar o perfil de Felipe Barreto, pois a canalhice do personagem não agradava ao público. Assim, o cirurgião acabou ganhando cores de mocinho. A personagem de Malu Mader, excessivamente ingênua, também sofreu rejeição e teve que ser reformulada. A cena do bisturi marcou essa mudança de personalidade.

Ao mesmo tempo em que a audiência repugnava os protagonistas de Fagundes e Malu, adorava o casal Thaís (Letícia Sabatella) e Guilherme (Ângelo Antônio), o Beija-Flor. Ela, uma garota que vê na prostituição uma alternativa para ascender socialmente. Ele, um marginal que, para agradar de vez o espectador, se torna um homem de bem. O romance deu tão certo que acabou ultrapassando a barreira da ficção. Letícia e Ângelo se casaram logo após a novela e viveram juntos até 2003.

Para inflar os índices de audiência de "O Dono do Mundo", Gilberto contou com a honrosa colaboração de Silvio de Abreu, a quem tinha dado uma mão em "Rainha da Sucata" no ano anterior. Juntos, os autores conseguiram imprimir maior agilidade à trama, delinear melhor os personagens e, consequentemente, cativar o público. O fato é que a novela, além de todos os problemas internos, vinha sofrendo ao dividir a atenção da audiência com a mexicana "Carrossel" -- exibida com grande sucesso pelo SBT --, que também fisgou uma respeitável porcentagem do "Jornal Nacional". O embate entre as duas emissoras no horário lembrou a briga que a Globo travou com a Rede Manchete em 1990, quando o canal paulista emplacou o maior êxito de sua história: "Pantanal".

Com a reformulação quase total, outros personagens e núcleos passaram a ganhar destaque em "O Dono do Mundo", como a divertida socialite Karen, de Maria Padilha; o romance entre Stela e Rodolfo (Kadu Moliterno, que Gilberto dizia ser o verdadeiro mocinho da história); o núcleo do subúrbio; além dos já citados Thaís e Beija-Flor, que conquistaram o carinho do público ao som de "Codinome Beija-Flor", de Cazuza, na voz de Luiz Melodia.

Mas quem mais brilhou nessa nova fase foi Nathalia Timberg. A sua amarga Constância Eugênia, mãe do personagem de Fagundes, dizia os maiores impropérios, se tornando assim a grande vilã da novela - mais uma na galeria da veterana atriz. Bom, dizer que Nathalia foi quem mais brilhou em "O Dono do Mundo" talvez não seja a afirmação mais correta, pois Fernanda Montenegro, que dispensa adjetivos, também estava ali, na pele da já mencionada Olga Portela, uma cafetina impagável. E o melhor: as duas consagradas atrizes eram ferrenhas inimigas na trama. Constância odiava Olga por ela ter sido amante de seu marido, Altair (Paulo Goulart). No fim, é revelado que a cafetina é a verdadeira mãe de Felipe. O cirurgião, então, deixa de bancar as mordomias de Constância, que é obrigada a mudar do luxuoso apartamento onde mora e a ver seus móveis transportados por uma caminhonete chinfrim.